| Departamento de Eng.ª Química, IST (ULisboa) | Ano: 4.º (ou 5.º) Semestre: 2.º | 
Regente da disciplina: Prof. Miguel Casquilho
1. Nome e objectivo da disciplina: 
      Investigação Operacional
 
      A Investigação Operacional (IO) oferece técnicas específicas
para optimizar e gerir operações, estas nomeadamente do contexto de
organizações, para agir da melhor maneira —máximo lucro ou
mínimo custo— com os recursos disponíveis.   Este conceito geral
tem inúmeras aplicações: projecto e condução de operações em engenharia,
distribuição de produtos, planeamento (industrial, agrícola),
gestão na saúde, operações militares, logística, telecomunicações.  
Utiliza-se o computador e a Internet.
 
      Numa época de concorrência e escassez de matérias-primas,
não devem os sistemas industriais (e outros) funcionar afastados do
óptimo.  A IO fornece técnicas e promove hábitos de análise
provenientes da pesquisa do modelo do sistema.
2. Justificação da disciplina e da sua inserção no curriculum
 
      Na IO, da observação passa-se à formulação (matemática) do
problema, com os dados relevantes.   Podem-se identificar casos
típicos, resolúveis por algoritmos apropriados, por vezes muito
eficientes —como é exemplo notável a Programação Linear—,
algoritmos hoje divulgados e que convém conhecer.   Da generalidade
da IO resulta uma promissora vantagem, quando o estudante ainda não pode
prever a natureza do seu futuro profissional.
 
      Como benefício acessório para uma organização, a IO aponta para
a melhoria (optimizar), mesmo quando a solução actual já serve. 
Pode, assim, daí advir a pequena —ou grande— melhoria de
rendimento eventualmente crucial em concorrência.
3. PROGRAMA (máximo) da disciplina
Métodos determinísticos
Programação Linear
   (LP)  Modelo; algoritmo do simplex de
Dantzig;
«método matricial»; dualidade; resolução
computacional.
Problema do transporte  Modelo; algoritmo do
stepping-stone; resolução
computacional.
Problema da afectação  Modelo; algoritmo húngaro.
Teoria dos jogos.
Sequenciação.
Métodos probabilísticos
Gestão de stocks  Modelos; 
componentes dos modelos de gestão de stocks; procura
uniforme; procura aleatória e nível óptimo de stock.
Simulação de variáveis
      aleatórias  
Experimentação amostral sobre modelos (método de Monte Carlo); geração
de «números aleatórios» uniformes e não-uniformes.
Fenómenos («filas») de espera  Estrutura
dos modelos de filas de espera.   Chegadas poissonianas; serviço
exponencial.  Filas infinitas; filas finitas.   Resolução
computacional.
Optimização em redes: programação dinâmica (PD) 
Características dos problemas de PD; PD determinística; PERT ("program
evaluation and review technique"); caminho crítico.
Problema do caixeiro-viajante  Optimização de rotas em
circuitos ou outras sequências cíclicas.
Substituição de equipamento com desgaste aleatório
4. Avaliação de conhecimentos  
Mediante exame final escrito, com consulta.
Pode o aluno, ainda, fazer: um trabalho (peso de 30 %).
Eventual prova oral para nota de 18 ou mais.
5. Bibliografia
   
   • Casquilho, 1995, "Folhas" da cadeira, IST.
   
   • Hillier, Lieberman, 2005, "Introduction to Operations
      Research", 8th. ed., McGraw-Hill.
   
   • Bronson, "Operations Research", Schaum,
      McGraw-Hill (exercícios)
| http://web.ist.utl.pt/~mcasquilho/acad/or/io_prog.php Created: 1998 — Last modified: 2017-02-05  |